Quando fazer um rebranding? 7 sinais de que a marca precisa mudar

Sumário

Você já se perguntou em que momento vale a pena reformular completamente uma marca? Rebranding não é tendência. É uma decisão estratégica que mexe com a essência do negócio e carrega riscos. Pesquisas da Universidade de Nebraska mostram que campanhas de rebranding só dão certo quando há fit com o contexto competitivo. Ao mesmo tempo, o rebranding pode ser a diferença entre crescer ou estagnar. Este artigo explica, de forma direta e fundamentada, quando fazer um rebranding e os sete sinais que indicam a hora de mudar.

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Sinal 1 – Identidade visual desatualizada

Uma marca datada não apenas envelhece seu negócio, mas impede que as pessoas se identifiquem com ela. O professor Zhao da Universidade de Nebraska analisou 215 rebrandings entre 1996 e 2015 e constatou que mudanças de logotipo em mercados competitivos são recompensadas pelos investidores. Quando a identidade visual não funciona em aplicativos ou smartphones, fica claro que é hora de evoluir. A reportagem do Estadão resume bem: “o rebranding não é só uma mudança de roupa para ir a uma festa; é uma sinalização de que coisas importantes estão acontecendo e você precisa que o mercado perceba” Exemplo? A própria Above já atualizou seu design para refletir mais inovação e tecnologia, pilares que são centrais para o posicionamento.

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Sinal 2 – Estratégia ou portfólio mudaram

Quando a empresa passa por fusões, lança novos produtos ou adquire outros negócios, a marca precisa sinalizar essa mudança. O rebranding vira obrigatório quando alterações significativas nos rumos exigem lembrar ao mercado que algo mudou. Muitas organizações ignoram esse sinal e mantêm nomes ou símbolos que já não correspondem ao que oferecem. Ao mesmo tempo, a pesquisa da Universidade de Nebraska alerta que rebrandings agressivos em ambientes muito competitivos podem derrubar o valor da marca. Ou seja, alinhar marca e estratégia é crucial, mas não basta mudar por mudar — é preciso construir um storytelling claro. Um exemplo deste caso de mudança de portfólio é a Porto Seguro, em que a marca corporativa passa a se chamar somente Porto com o objetivo de lançar suas verticais em novos segmentos, como saúde e banking.

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Sinal 3 – Público‑alvo evoluiu

Clientes mudam, e a marca deve acompanhar. O caso da Dunkin’ demonstra como ajustes sutis podem reposicionar um negócio. A cadeia de cafeterias, antes Dunkin’ Donuts, rebatizou‑se simplesmente Dunkin’ para destacar bebidas e serviço rápido. Um levantamento da Visual Objects mostrou que 34% das pessoas notaram imediatamente a mudança de nome após o rebranding, enquanto 32% foram atraídas pelo novo logotipo. O dado também revela que 13% dos consumidores não perceberam nenhuma alteração. Portanto, atualizar a marca para atingir novos segmentos é importante, mas é fundamental comunicar o porquê da mudança. Integrar essa história à identidade verbal e visual ajuda a educar o público e evita ruídos.

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Sinal 4 – Imagem prejudicada

Crises de reputação exigem mais do que posts de redes sociais; às vezes a solução passa por uma reconfiguração completa da marca. O estudo da Universidade de Nebraska lembra que rebrandings têm custos altos — o caso do Gap, em 2010, custou US$ 100 milhões e foi revertido. Outro exemplo é a mudança da Odebrecht, marcada pelos casos de corrupção em 2014, passou a se chamar OEC e agora retorna a utilizar o nome Odebrecht, porém com mudanças visuais. Rebranding não apaga problemas corporativos, mas pode sinalizar uma nova postura quando há ações concretas. Se a reputação está arranhada por motivos que a empresa resolveu enfrentar (como práticas ESG, escândalos de corrupção ou mudanças de gestão), a nova marca deve refletir essa virada. Caso contrário, o público perceberá a inconsistência.

rebranding
Rebranding da Kótto

Sinal 5 – Falta de diferenciação

Num oceano de marcas parecidas, ser genérico é fatal. Se sua identidade visual e verbal não se destacam da concorrência, o rebranding pode ser a saída para construir diferenciação. Entretanto, é preciso ser estratégico: o estudo mostra que mudanças de nome são recompensadas em setores pouco competitivos, enquanto ajustes estéticos (logo, cores) geram melhores resultados em mercados acirrados. Isso significa que copiar a estética do concorrente ou seguir tendências superficiais não resolverá. O rebranding deve nascer de uma análise profunda de diferenciais, com criatividade e estética alinhadas à essência da empresa — exatamente como a Above valoriza em seus projetos.

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Sinal 6 – Incoerência de marca

Se cada ponto de contato da empresa apresenta uma linguagem diferente, o público fica confuso. Incoerência costuma surgir após anos de acréscimos desordenados: uma campanha fala com jovem urbano, enquanto o site apresenta linguagem formal; o logo muda de cor em cada aplicativo. Marcas que patrocinam times mudam cores e que essa flexibilidade pode ser interessante, desde que haja coerência. Outro ponto é a adaptação para formatos mobile — se a marca não gera reconhecimento em aplicativos, é sinal de que você precisa se adaptar. Um rebranding bem conduzido cria um sistema visual consistente, documentado em um manual de marca que orienta designers, desenvolvedores e redatores.

→ Leia também: O que é Identidade Visual

Sinal 7 – Valores e propósito mudaram

Marcas nascem em um contexto e evoluem. Quando a empresa cresce, novos valores entram em jogo: sustentabilidade, diversidade, inovação. Se a identidade não traduz esses pilares, o rebranding torna‑se necessário. A pesquisa mostra que os investidores valorizam rebrandings quando eles sinalizam mudanças estratégicas. Rebranding não deve mascarar lacunas; ele precisa ser consequência de uma transformação real na cultura e na oferta da empresa.

Consultoria de Branding

Quando fazer um Rebranding: Diagnóstico da Marca

Quer saber se sua marca está pronta para mudar? Se você identificou algum dos sinais acima, nossa equipe pode ajudar a diagnosticar a situação e construir uma estratégia de rebranding sólida. Entre em contato e vamos elevar seu negócio ao próximo patamar.

FAQ

Qual o primeiro passo para iniciar um rebranding?

O primeiro passo é investigar o motivo da mudança. Analise se o problema está na percepção do público, na estratégia ou na identidade. Em seguida, defina objetivos claros e indicadores de sucesso. Um diagnóstico bem feito evita mudanças desnecessárias e orienta o investimento.

Rebranding e refresh de marca são a mesma coisa?

Não. Refresh envolve ajustes pontuais em logo ou cores para modernizar a aparência sem alterar o posicionamento. Rebranding é mais profundo: revisa identidade, nome, propósito e estratégia de comunicação. Confundir os dois pode gerar frustração e não resolver o problema central.

Rebranding pode afetar clientes atuais?

Sim. Mudanças mal comunicadas podem afastar clientes fiéis que não reconhecem mais a marca. Por outro lado, quando bem planejado e explicado, o rebranding fortalece a relação com o público, pois mostra evolução e transparência. Prepare-se para gerir a transição e educar a audiência.

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Above Branding

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